sábado, 28 de julho de 2012

Quarto de bebê rosa e verde ocupou o velho canto da bagunça.

A gauchinha Júlia chegou para botar ordem no apartamento da família, em Caxias do Sul, RS. Onde hoje fica seu delicado quarto, antes reinava a bagunça dos pais, a neurologista Nadia Schiavo e o vendedor Alcides de Souza. “Eu precisava de ajuda profissional para fazer a reformulação necessária”, lembra a mãe. Convocou, então, a designer de interiores Letícia Laurino Almeida, que projetou as mudanças em um programa de 3D, dando a Nadia e Alcides a noção exata de como seria o cantinho da pequena. Depois, foi só colocar as ideias em prática.


Harmonia em verde e cor-de-rosa. A proposta inicial era aplicar tecidos para fazer o barrado listrado da parede. Mas o orçamento extrapolou, e aí veio uma solução bem mais econômica: reproduzir o padrão na pintura (tintas da Coral, nos tons Caule de Rosa e Veludo Rosa). O restante recebeu pinceladas de Salmão Pálido, da mesma marca.


Repare que, no centro do quarto, não há móveis que possam atravancar a circulação ou provocar trombadas quando se carrega a bebê. As portas e gavetas da cômoda e do armário possuem uma ótima área de abertura, facilitando o acesso seguro a seu conteúdo.


Patchwork dá vida às letras que formam o nome Júlia. Com os tecidos de algodão (três estampados e dois lisos) escolhidos pela mãe e pela decoradora, a artista plástica Marília Pivotto compôs os quadrinhos. A cômoda (85 x 50 x 97,5 cm*) foi projetada por Letícia. E traz boas soluções, a exemplo da cantoneira usada como mesinha e do tampo retrátil, que amplia o espaço do trocador sem roubar área do quarto no restante do tempo. Com bolsões laterais, a poltrona revestida de couro sintético caiu nas graças de Nadia. Os dias gélidos de Caxias do Sul pediram tapetes felpudos e antialérgicos, colocados sobre o piso laminado de madeira, comum a todo o apartamento.


Para baratear a reforma do guarda-roupa (1,85 x 0,57 x 2,25 m) dos tempos de solteira de Nadia, Letícia manteve inalteradas as divisões internas e as quatro portas. Mas pintou de fórmica líquida branca as superfícies amadeiradas. Além de restaurar o móvel, a marcenaria produziu as prateleiras arredondadas que a designer de interiores projetou para a lateral do armário. A ideia é que, ao crescer, Júlia alcance sozinha os objetos dispostos na cantoneira. Nela fica a fonte montada pela mãe da bebê: “Nós duas podemos relaxar com o barulhinho da água”, diz Nadia. Quase 10 m de voal formam a cortina, que imprime um efeito difuso à luz natural. “Como o ambiente tem venezianas, não era necessário um tecido mais pesado”, explica a profissional.


O berço, encostado em um canto, facilita o acesso e libera espaço. Porém, seu posicionamento teve outra razão: “Fizemos para todo o apartamento um estudo de feng shui tradicional chinês, e o mapa energético apontou esse local como o mais forte em energias positivas”, diz Letícia.



A escolha do berço que vira minicama foi definida pela intenção de investir em móveis lngevos, que possam atender à menina por anos. Assim como o pufe, a cômoda, a cortina e o armário reformado, ele é neutro e pode ser preservado, mesmo que a decoração mude. Mas até as almofadas os pais imaginam poder manter, já que o padrão floral nunca sai de moda. Protetores de berço, colcha e almofada de trocador coordenam com os detalhes listrados da parede e dos florais dos quadrinhos. “Queríamos que tudo combinasse e que houvesse aproveitamento integral do material comprado”, conta a profissional. Pelo projeto completo e pelo acompanhamento da execução, a designer de interiores cobrou R$ 1 250.


Site Casa Abril. - Ambientes.
Publicado em 19 de Julho de 2012.

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